segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Prisioneiro de um olhar


PRISIONEIRO DE UM OLHAR
Estava sentado na esplanada de uma pastelaria tomando um café quando a vi chegar. Levantei a vista para ela apenas porque o movimento me fez olhar e já ia regressar à leitura do jornal, quando notei que havia algo de diferente nos olhos daquela mulher.
Por um breve momento ainda foi possível nossos olhos se tocarem e senti tal encanto e tão delicioso magnetismo me atraindo para eles que baixei o jornal e a fixei perscrutadoramente.

Ela era linda, de pele clara, corpo esbelto e bem proporcionado, peitos e bundinha de encantar, cabelos longos descendo até à cintura e lá estavam aqueles olhos já a comandar todo o meu pensamento.
Antes que ela tivesse tempo de decidir onde se sentar, levantei-me, procurei prender seus olhos nos meus e quando os senti me tocando de novo, lhe disse:

- Se não lhe faz grande diferença, importa-se de sentar comigo e me dar a sua companhia?

- Não costumo me sentar com estranhos e prefiro decidir a quem dar a minha companhia, respondeu a bela mulher enquanto procurou uma mesa distante de mim e se sentou lá.

O repúdio dela me deixou de boca seca e sem capacidade para pensar por momentos. Olhei para onde ela estava e a vi sentada, de costas voltadas e despreocupadamente fazendo seu pedido ao empregado. Finalmente despertei, paguei despesa e deixei o local.

Nessa noite tive dificuldade em adormecer. Era como que um sonhar acordado, em que aqueles olhos tão belos apostavam em me desafiar e logo que os procurava reter nos meus, ela sorria maliciosamente e os desviava de mim.

Passaram-se noites em que vivi esse desassossego interior, que, em vez de diminuir ia se tornando numa força cada vez mais intensa, me impulsionando a não descansar, enquanto não voltasse a encontrar a dona daqueles olhos tão lindos que haviam aprisionado o meu pensamento.

Na semana seguinte, estava no supermercado comprando provisões, quando a reconheci pelos cabelos longos. Ela estava na pontinha dos pés, corpo todo esticado e tentava alcançar uma caixinha na prateleira superior. Apressei-me e cheguei a tempo de tomar a caixa que ela pretendia e lha entreguei. Ela olhou-me com uma expressão inquiridora e disse:

- Obrigada pela sua atenção! E continuou:
- Por acaso nos conhecemos de alguma parte?

Ao ouvi-la e ao receber nos olhos o olhar daquela pessoa tão especial, senti um regozijo interior tão grande que tive de me conter para não começar logo a falar tudo o que me enchia a cabeça acerca da bela mulher e lhe falei apenas:

- Há pessoas dotadas de um encanto tal, que basta as ver uma vez, para nunca mais as podermos esquecer! Encontrei-a na pastelaria há dias e a convidei para se sentar comigo, lembra-se?

- Ah agora já estou me recordando! Disse ela

- É que desde esse momento e foi apenas pelo encanto de seu olhar que meu ser se recusa a esquecê-la! Meu nome é Léo e vc como se chama?

- Meu nome é Helena, mas vejo que é muito galanteador e algo me diz para não confiar em si, agradeço sua atenção Léo e passe bem! E dizendo isso, se afastou.

Durante os dias que se seguiram, não passava um momento sem que Helena ocupasse meu pensamento e isso cresceu de tal modo que aquele rostinho engraçado, aqueles cabelos esvoaçando e aquele gracioso olhar passaram a fazer parte da rotina da minha vida. Eu estava me apaixonando perdidamente por ela. Minha mente já só tinha um objectivo, Helena! Mas por mais que retornasse aos lugares onde a vira, não sabia como voltar a encontrá-la.

Duas semanas depois tive que ir levar uns documentos a uma pessoa que vivia num bloco de apartamentos, não muito distante do supermercado e quando estava no elevador, a porta abriu e eis que Helena entra. Vinha carregada de sacos e caixas que com dificuldade conseguia segurar. Fiquei incrédulo ao a ouvi-la dizer-me:

- Oi Léo que agradável surpresa vê-lo! Que bom que está aqui, quer ajudar-me com estes sacos? E sorrindo deliciosamente como se fôssemos amigos há anos, se chegou para mim e me passou as coisas.

Quando o elevador travou para entrar alguém, tornou-se mais apertado e Helena com grande naturalidade, confiou suas nádegas ao calor de meu corpo, me deixando a respirar o aroma perfumado dos seus cabelos. Tanto que eu ansiara encontrar uma forma de me aproximar dela e eis que tão inesperadamente, estava agora ali sentindo sua feminilidade tão confiantemente entregue a mim.

Queria causar-lhe boa impressão, não queria que ela pensasse que estava me aproveitando da situação, mas não tive como evitar que a cada ligeiro movimento de suas nádegas se roçando em mim, ela sentisse que aquela parte do meu corpo, estava a ficar deliciosamente perturbada, pois aumentava de volume, endurecia e latejava entre o vale que o aconchegava a cada novo movimento.

Desejava que aquela subida não tivesse fim. Inebriado como estava respirando o doce perfume que seu pescoço tão próximo me presenteava, olhei aquela pele suave e senti uma vontade imensa de a beijar ali e de me esquecer que havia gente em nossa volta. Queria minhas mãos livres para agarrar sua cintura e a apertar contra minha erecção. E entre esse doce torpor que inebriava minha mente, ouvia-a dizer:

- Oh Léo, como foi bom ter-te encontrado!

Nunca entendi de mulheres, pois sempre que esperava uma coisa, acontecia o oposto. Mas agora não queria entender mais nada, apenas queria não parar de estar com ela ali tão gostosamente íntima. Mas o elevador parou e quando pensei que meu sonho terminara, ela disse:

- Não vais me ajudar a levar isso?

E foi o que fiz. Ajeitei os sacos na minha frente para compor o volume que minhas calças não disfarçavam e a segui até à porta do seu apartamento. Ela insistiu que entrasse e logo que coloquei os sacos no chão, ela voltou-se, me abraçou bem aconhcegadinha e apertando seus seios no meu peito.

O meu abraço a segurou bem firme junto a mim, ela elevou o rosto e me ofereceu o mais lindo olhar, enquanto seus lábios aguardavam passivamente que eu os tomasse.
Se alguma vez senti um prazer enorme apenas admirando uns olhos, foi nesse momento. Seu sorriso tão lindo emanava ondas de sensualidade como nenhuma mulher me fizera sentir antes. Seus lábios se apartaram e receberam meu beijo com uma avidez que me extasiou. Nosso beijo foi longo e gerou ondas de volúpia por todo o meu ser e como que de um sonho a ouvi dizer-me:

- Vem meu querido, vamos tomar um banho juntos!

Amei cada minuto daquele banho, em que minhas mãos e lábios desbravaram cada um e todos os encantos de Helena e ela não perdeu tempo em retribuir minhas carícias. Depois, é fácil de adivinhar! Provei todas as delícias que a linda mulher me ofereceu e quando já perdido de paixão a peguei forte e a tomei decididamente, nunca mais esquecerei os doces gemidos de minha encantadora mulher.

Esse foi o primeiro dia de nossa vida juntos, pois o meu grande amor por Helena estava apenas começando!

8 comentários:

Doiis disse...

poisé.
obrigada pela visita :P
e o seu blog tbm está bem legal :}

até um dia. Beijos

Smootha disse...

Sim, são sonhos bonitos.
Obrigada pela visita. Voltarei mais vezes.

AndreiaVarela disse...

Adorei, texto bem bonitoo :)

mulher lua disse...

Para já só li este, mas vou continuar.
Muito romântico.
Veijios

Lidiane disse...

Olá!

Passei aqui de curiosa que sou e adorei seu blog e sua maneira de escrever...gostei muito...esse texto é realmente lindo.

Vou deixar um convite para vc aparecer lá no meu blog para tomar um chimarrão...há vc não tinha percebido que sou uma gaucha tchê...rsrsr...

beijãi lidi

corridasdomarcus disse...

Obrigada pela visita ;

O seu esta muito interessante
pode deixar que eu voltarei mas vezes no seu blog .

Bjos

Anónimo disse...

Tenho muito gosoto por este amor de Helena e Tércio,com certeza vai durar muito tempo!Escreves divinamente bem!Parabéns!

Bernadette disse...

Oi Tercio.
Vim retribuir tua visita e agradecer teu comentário.
Parabéns teu blog está bem bacana!!